Homenagem do amigo, poeta e jornalista Antônio Lisboa a todas acadêmicas da turma do IV Período (2013\2), do Curso de Pedagogia, da Faculdade Alfredo Nasser:
De repente, eis a escuridão, imensa e sombria
Sem sol, sem lua, empanando a esperança.
Mas meu canto resiste,
Ele é guerreiro, vence o medo
Teima em romper as brumas do espaço,
E ecoar nas rochas.
Minha
gente, é preciso caminhar,
Romper
as pedras da estrada,
Fingir
que não viu a tristeza
Dizer
olá para a alegria
E
renovar a esperança.
O
caminho é longo, é penoso,
Na
estrada tem fogo,
A
fogueira do não pensar.
Existe
até açoite
Para
quem insiste no criar.
A
palavra cambaleia,
Sufocada
pela máscara,
Mesmo
assim meu canto soa forte,
Até
desafia a morte,
Que
periga chegar.
Não
tema o escuro,
A
noite é o desafio
Mas
a candeia da liberdade
Há
de alumiar.
Ontem
à noite vi a cara da morte
Ela
queimava livros,
Impunha
gesto de silêncio
Mandava
tapar ouvidos e olhos
E
tinha um sorriso sinistro.
O
meu canto tem pressa,
O
véu da noite é intenso,
E
mesmo em meio às sombras,
É
preciso caminhar.
Algo
me diz que a luz está próxima
E
ainda que os cães ladrem,
Afastemos
os temores,
Pois
é preciso caminhar.
Antônio Lisboa
Goiânia,
20 de novembro de 2012.
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